8 de out. de 2008

São tantas as coisas que uma pessoa, estando muito lúcida, gostaria de ouvir.

Entre os lençóis, depois do ato, o 'eu te amo' poderia fazer muitos felizes, talvez aquele seria o mais feliz. Se seguido então, de um 'eu sempre te amei', despertaria o maior amor do mundo, a maior felicidade, uma explosão. Mas, então, por que eu não me sinto tão feliz? A sua voz ficou repetindo essa frase durante todas as horas que vieram depois daquele instante.

Ecoando, reverberando, me enlouquecendo.

Eu queria repetí-la, para que você soubesse, sentisse, explodisse.

E de repente veio o que, certamente, de todas as coisas que uma pessoa - talvez nem tão lúcida assim - gostaria de ouvir, a última, o 'adeus'.



Trajetória - Maria Rita



Composição: Arlindo Cruz / Serginho Meriti / Franco



"Não perca tempo assim contando história

Pra que forçar tanto a memória

Pra dizer

Que a triste hora do fim se faz notória

E continuar a trajetória

É retroceder

Não há no mundo lei que possa condenar

Alguém que a um outro alguém deixou de amar

Eu já me preparei, parei para pensar

E vi que é bem melhor não perguntar

Porque é que tem que ser assim

Ninguém jamais pode mudar"

Carta

Te amei.
Em cada segundo que estivemos juntos,
em cada hora que aguardei para estar contigo.
Te amei calada, sabendo do fim que se aproximava.
Nem agora posso dizer.
Te amei...

Não existe nada pior que pensar naquilo que não fizemos.
Muito melhor fazer.
Quando pensamos muito, pensamos errado
Nos casos de amor, ouvir o coração.
Em todos os outros, a razão.

**Lembrar-me-ei disso. Sempre.

O caráter singular da língua na Análise de Discurso[1]

Heloisa Cristina Rampi Marchioro [2]             O artigo de Maria Cristina é introdutório, e tem como tema principal falar sobre a...