25 de jul. de 2010

Comunicação Madame Bovary, O Elemento Acrescentado

Autores: Heloisa Marchioro, Tâmisa Tiverolli, Prof. Dr. Welligton Fioruci

A presente comunicação tem por objetivo traçar um paralelo entre o clássico Madame Bovary, de Gustave Flaubert e o capítulo III do livro de Mário Vargas Llosa, A Orgia Perpétua. Llosa define como o “elemento acrescentado” a originalidade da obra, como se o romancista recriasse o mundo corrigindo a realidade de acordo com a sua percepção. Flaubert utiliza a extrema descrição de detalhes para desfazer a realidade e refazê-la novamente; trata-se da transfiguração, que caracteriza seu estilo.
As características da obra Madame Bovary são analisadas e desvendadas ao leitor, que passa a reconstruir seu conceito sobre o clássico. A extrema materialidade presente na obra, a mudança dos costumes tradicionais da narrativa, dando destaque aos objetos e ao mesmo tempo rebaixamento o homem a estes; a relação complexa de Ema com o amor e o dinheiro, sua necessidade de consumir e embelezar seu entorno, com sua condição de mulher, e o drama que ela vive entre ilusão e realidade e entre o que deseja e o que consegue ter, transformam a narrativa numa análise profunda da sociedade.
Llosa destaca também a dualidade constante na obra. O dilema de Ema entre o que é real e o que é fictício, e o elemento dramático, que é a briga entre a realidade objetiva e subjetiva, e que fazem parte do mundo binário de Madame Bovary.

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