Autores: Heloisa Marchioro, Tâmisa Tiverolli, Prof. Dr. Welligton Fioruci
A presente comunicação tem por objetivo traçar um paralelo entre o clássico Madame Bovary, de Gustave Flaubert e o capítulo III do livro de Mário Vargas Llosa, A Orgia Perpétua. Llosa define como o “elemento acrescentado” a originalidade da obra, como se o romancista recriasse o mundo corrigindo a realidade de acordo com a sua percepção. Flaubert utiliza a extrema descrição de detalhes para desfazer a realidade e refazê-la novamente; trata-se da transfiguração, que caracteriza seu estilo.
As características da obra Madame Bovary são analisadas e desvendadas ao leitor, que passa a reconstruir seu conceito sobre o clássico. A extrema materialidade presente na obra, a mudança dos costumes tradicionais da narrativa, dando destaque aos objetos e ao mesmo tempo rebaixamento o homem a estes; a relação complexa de Ema com o amor e o dinheiro, sua necessidade de consumir e embelezar seu entorno, com sua condição de mulher, e o drama que ela vive entre ilusão e realidade e entre o que deseja e o que consegue ter, transformam a narrativa numa análise profunda da sociedade.
Llosa destaca também a dualidade constante na obra. O dilema de Ema entre o que é real e o que é fictício, e o elemento dramático, que é a briga entre a realidade objetiva e subjetiva, e que fazem parte do mundo binário de Madame Bovary.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O caráter singular da língua na Análise de Discurso[1]
Heloisa Cristina Rampi Marchioro [2] O artigo de Maria Cristina é introdutório, e tem como tema principal falar sobre a...
-
Banda: O Rappa Compositores: Marcos Lobato / Carlos Pombo As ondas de vaidade Inundaram os vilarejos E minha casa se foi Como fome...
-
Leda Márcia Rizzardo Pareja Procura-se alguém que saiba viver por muitas pessoas. Que saiba chorar na vitória e chorar na derrota, sorri...
-
A língua de que se fala A noção de língua é central para os estudos da linguagem em todas as suas perspectivas. Desde...
Nenhum comentário:
Postar um comentário